terça-feira, 29 de junho de 2010

Deus, dai-me paciência

É incrível a capacidade que as pessoas têm em criar problemas onde não existe. Talvez eu tivesse que estudar muito para conseguir entender o motivo pelo qual algumas pessoas não conseguem viver na paz. Eu não sou assim, mas percebo que muita gente é e inventa problemas, cria conflitos, viaja demais. Até inventam fatos para justificar o problema.

Pensando melhor, acho que tem gente que precisa de um problema para ter um objetivo. Talvez seja isso que às faça viver. São os problemas, brigas, conflitos e “inimigos” que dão força para elas. Durante a minha vida, conheci diversas pessoas assim. Para mim, uma completa falta de sentido e desperdício de energia, paciência e vida.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Dunga precisava de um Media Training

É incrível ver como é a relação do técnico do time de amarelo com a imprensa. Isso só me faz pensar que é por pura ineficiência da assessoria de imprensa da CBF. Claro, porque o Dunga não é pago para isso, muito menos obrigado a saber como se faz. Faltou orientação.

É impossível que um problema que persiste há quase quatro anos não tenha sido assunto entre os homens de marketing e de comunicação da referida entidade. Se o Dunga fosse bem orientado, ele saberia que ao abrir um treino menos importante para a imprensa e sendo pelo menos cordial nas entrevistas, ele não estaria fazendo favor nenhum para os jornalistas, mas sim se comunicando com o povo brasileiro. Povo este que está ávido por notícias dos seus representantes maiores.

Se houvesse estratégia de comunicação, Dunga saberia que deveria se comunicar mais com o “seu povo”. E mais, saberia que a melhor maneira de fazer isso é por meio da imprensa. Ele saberia também que mantendo um relacionamento saudável com os jornalistas, a imagem dele seria melhor perante os brasileiros.

Se eu fosse assessor do Dunga teria preparado um discurso para ele no dia da convocação. O tom não seria de desafio, como aconteceu. O foco seria na união e apoio de todos os brasileiros em torno do seu maior símbolo, a seleção (que hoje eu chamo de time de amarelo). Alguma coisa mais ou menos assim: “Se perguntassem para cada um dos brasileiros quem deve ir para Copa teríamos, certamente, 180 milhões de listas, uma diferente da outra. Como foi me dada essa responsabilidade, escolhi aqueles que acredito ter plena capacidade e que querem estar lá representando o povo brasileiro. Tenho certeza que não agradei a todos. Mas agora este é o time do Brasil e quero que seja de todos os brasileiros. Peço agora a confiança e a torcida de todos, pois somente desta forma, com a energia positiva de vocês, conseguiremos chegar longe nesta Copa”.

Pronto. Ele já teria ganhado a simpatia de quase toda a nação. Ele e a CBF não souberam criar um clima de comunhão do time com o povo. Coisa que aconteceu com os nossos hermanos argentinos. Acho que muito mais pelo que o Maradona representa para eles do que pela sua simpatia e capacidade, mas de qualquer forma, conseguiram.

Não seria difícil ganhar a imprensa brasileira, mas Dunga e os que o orientam preferiram a arrogância. Existe imprensa mais ufanista do que a brasileira quando se trata de seleção? Não, claro que não. Era só trata-los um pouco melhor.

Ideias é o que não faltam. Se o clime era de desconfiança, que chamasse os principais jornalistas para uma reunião informal, um churrasco gaúcho comandado pelo Dunga, porque não? Lá eles conversariam em tom informal e Dunga ganharia a simpatia e confiança dos colegas. Muitos se tornariam até aliados. É um exemplo, mas existem várias formas de fazer isso, é só usar a criatividade. Até a criação de um blog ou um twitter ajudaria.

É dessa forma que se constrói uma imagem. Mas é um trabalho longo, que deveria ter sido planejado e durado quatro anos. Agora passou, já foi. Fica a lição para o próximo técnico. Quem sabe eu não volto a chamar o time de amarelo de seleção.

Coisas que aprendemos

Tinha me esquecido como é bom trabalhar feliz e satisfeito.

É ruim trabalhar em um lugar onde você “ganha” um cargo de chefia, não recebe para isso e ainda pensam que te fizeram um grande favor.

É bom trabalhar em um lugar onde você tem autonomia e liberdade para mostrar até onde pode chegar, mesmo tendo três chefes acima de você.

É ruim trabalhar em um lugar onde em dois anos e meio você recebe um bônus de 1/3 do seu salário e ainda acham que estão te fazendo um grande favor.

É bom trabalhar em um lugar onde depois de dois meses e meio você ganha um bônus de quase 1/3 do seu salário e ainda recebe elogios.

É ruim trabalhar em um lugar onde por maior que seja o esforço e o resultado você nunca receberá um elogio, uma palavra de agradecimento ou mesmo de incentivo.

É bom trabalhar em um lugar onde você sabe que as pessoas confiam em você, te dão tarefas complicadas e jamais questionam a sua capacidade em concluí-la.

É ruim trabalhar em um lugar onde a sua vida pessoal é mais importante do que o trabalho que você desenvolve.

É bom trabalhar em um lugar onde as pessoas são normais.

domingo, 13 de junho de 2010

ow ua ahhhhhh!

Um olhar, um sorriso, ou mesmo esboço de palavras como owa auau, ou um grito ahhhhhhh!Isso me faz, a cada quinze dias, renovar as energias.

Seleção Brasileira made in Spain, Italy, England, Germany, French etc

Assisti a minha primeira Copa em 1990. Sem saber direito o que aquilo significava, acompanhei todos os jogos. Não melembro de todos, mas lembro que o Brasil ganhou bem e chegou às oitravas de final como uma das favoritas.

Aí perdemos. Para a Argentina (Não é Galvão?). Fiquei triste, mas naquela Copa acho que a minha principal preocupação era completar o álbum de figurinha.

Em 1994 eu já entendia um poquinho mais. Sabia o time de cor. Era fã de Romário e não via, como o restante do país que o futebol jogado era feio. Vibrei com cada gol e com cada vitória e comemorei efusivamente o título abraçando meu pai.

Daí em diante, fui amadurecendo e vendo do que realmente era feita a seleção. Ainda torci em 1998. Aliás, ali eu tinha certeza de que seriamos campeões facilmente. Em 2002 também torci, mas já via que não era exatemente como deveria ser. Mesmo assim, vibrei muito com os gols do fenômeno. Já em 2006, não torci, fiquei tão indiferente como estou agora.

Explico porque.

Para mim, uma seleção nacional deveria representar o futebol que é jogado naquele país. Aí sim, seria um legítimo representante do nosso povo. Da nação.

Mas o que é a seleção hoje? Um bando de estrangeiros que às vezes vêm passar férias no Brasil e não estão nem aí para o povo ou para o futebol jogado aqui. Eles pensam apenas em suas contas bancárias e vêem (com ou sem acento? maldito acordo ortográfico) a seleção como uma vitrine para uma boa transferência.

Este time e outros anteriores não representam o futebol jogado aqui. Não sou xiita ao ponto de achar que só se deve convocar quem joga em times brasileiros. Mas acho que uma boa parte deve ser. E acho também que os que jogam fora deveriam vir treinar aqui quando convocados. Eles não sabem o que a seleção representa para o povo. Acham que a seleção é deles e pronto.

Acho que consegui me explicar.

Não torço e pronto.

Alemanhã e Inglaterra são grandes exemplos. Todos convocados jogam nos seus respectivos países. Itália também tem quase todos jogando lá.

Bom, pelo andar da carruagem acho que nunca mais torcerei para a seleção brasileira. Que passo a chamar de time de amarelo.

Lições


Que lição tiramos de tudo isso?
Aliás, que lição eu tiro de tudo isso, porque continuo “dancing with myself”. A pior possível? Deveria ser assim, mas não é.
A lição que eu deveria tirar é não confiar nas pessoas. Tentar procurar sempre uma segunda intenção. Não se entregar. Não entregar minha vida e todas as minhas expectativas em uma pessoa.
Mas se fosse assim, eu me tornaria uma pessoa rabugenta, daquelas que não confia em ninguém.
A lição é continuar sendo honesto, como sempre fui. Não tentar tirar vantagem de nada, ou de ninguém, como sempre fiz. Continuar estendendo a mão para quem precisa da sua ajuda, como sempre fiz. Continuar virando a outra face, como sempre fiz. Mas sempre com cuidado, como nunca fiz. Fazer sem a expectativa de ser reconhecido. Fazer para mim e só. Assim a decepção não vem.
Não mudei. Acho.
Minha índole continua a mesma. Minhas expectativas mudaram. Minhas metas, essas estão mudando. Em construção. Mas em breve estarão redefinidas. Já estão desenhadas na minha cabeça.
Segue a vida. Segue o jogo.